tag:blogger.com,1999:blog-35567166.post7150443003276691496..comments2023-10-30T13:25:11.243+00:00Comments on Portugal, Caramba!: Nós Górdiostaccihttp://www.blogger.com/profile/09531958413549434523noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-35567166.post-22017273745338585492009-05-25T03:45:04.459+01:002009-05-25T03:45:04.459+01:00Era para fazer um post com mais uma achazinha para...Era para fazer um post com mais uma achazinha para esta fogueira, mas a morte do João Bénard da Costa (que deus lhe fale na alma)<br />não me deixou.<br />Mas amanhã ou depois já estara ali em cima.<br />Um abraço.taccihttps://www.blogger.com/profile/09531958413549434523noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-35567166.post-51844474857270661242009-05-22T12:59:07.927+01:002009-05-22T12:59:07.927+01:00Talvez! Mas para isso não teríamos de admitir que ...Talvez! Mas para isso não teríamos de admitir que existe A verdade e que alguém é seu detentor e que, portanto, pode ou deve impor essa verdade porque só ela é certa e aceitável? (Neste caso o dever pode tornar-se muito constrangente e perigoso com laivos de absolutismo). A doutrinação não é precisamente isso? Será que, amigo Tacci, a incerteza, a dúvida, o problema ao nos imporem a busca constante por novos caminhos não nos levam também à busca das melhores razões que os sustentam, que os justificam? Claro que, sabes muito melhor do que eu, há sempre o risco de cairmos onde os não assumidamente cépticos sempre procuram evitar: o subjectivismo céptico. O "vale tudo menos tirar olhos". Agrada-me pensar que podemos escapar-lhe sem cairmos no absolutismo da razão absoluta. <br />Parece-me, amigo Tacci, que temos mais pavio para queimar!...<br />Abraço<br />jadAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-35567166.post-46411422035509407712009-05-22T12:01:07.054+01:002009-05-22T12:01:07.054+01:00Jad
Nunca soube bem o que era a persuasão e sempre...Jad<br />Nunca soube bem o que era a persuasão e sempre a pensei como uma parente pobre da demonstração.<br />Quando não somos capazes de mostrar, recorremos aos artifícios da retórica, simplifico eu, porque ninguém nos dá alternativas. <br />É o dilema dos pais e dos professores, não é?<br />É muito mais fácil doutrinar os filhos ou os alunos do que levá-los à compreensão; forma(ta)-se mais depressa o trabalhador, a economia agradece, a senhora ministra fica muito babada com o seu próprio sucesso.<br />Mas nós exercemos uma violência sobre a inteligência dos nossos juvenis e, por extensão, sobre toda a nossa espécie. <br />Abrimos as portas a todas as demagogias, como tu próprio dizes, e as demasgogias a tudo o resto: como somos donos das palavras, chamamos-lhe «danos colaterais», porque soa muito melhor às boas consciências.<br />Não teremos de voltar um pouco atrás, ao despotimo esclarecido e partir outra vez daí?taccihttps://www.blogger.com/profile/09531958413549434523noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-35567166.post-53910843912478089452009-05-21T15:20:52.106+01:002009-05-21T15:20:52.106+01:00Tens razão, Tacci. Mesmo tratando-se de "outra his...Tens razão, Tacci. Mesmo tratando-se de "outra história, e, se calhar, pelo facto de o ser, deve merecer toda a atenção. Todos sabemos que, apesar dos seus méritos (são muitos e essenciais à nossa vida em comum como cidadãos, como homens livres que habitam um tempo e um espaço comuns), a democracia tem limites (também são muitos). Penso que o principal tem a ver com a confusão entre persuasão e demagogia. Aquela, todos o sabemos, é um exercício fundamental no exercício livre do pensar livre em sociedades livres; a demagogia é um exercício de domínio puro e simples recorrendo a um simulacro persuasivo. O perigo, como bem dizes, está no aparente exercício livre do pensar, da escolha. Na realidade apenas se escolhe o que as máquinas opinativas (aquelas que criam a eufemística "opinião pública") determinaram. Daqui até ao menino que impõe as regras, que as muda e as usa como e quando lhe convém, é um passo relativamente curto. Mas ainda é um passo...<br />Portanto, o que fazer? Penso que o mais elementar bom senso é impedir que o dono da bola alguma vez se sinta como o único a possuir a bola com que se possa jogar. Se houver mais bolas, a escolha de uma em detrimento de outra exige diálogo, discussão, argumentação, persuasão. Já não bastará interromper o jogo... E ali entram os Sócrates - os verdadeiros, claro :):) - para nos recordarem que "não vale tudo menos arrancar olhos" e que a "demos-cracia" é o poder da comunicação (diálogo, discussão, persuasão) de dimensão ética. Mas isso obriga-nos a não ficar no fundo da caverna olhando as sombras. E como é difícil a subida até à luz!... Não é muito mais fácil, como dizia J Sousa Monteiro, ter quem pense por nós? Claro que é! Não é muito mais fácil jogar com a bola dos outros, poupando a nossa ou não tendo de comprar uma? Claro que é! Saberemos que nos torna reféns da vontade, do poder - da vontade de poder - dos donos da bola? Claro que não!<br />Que chatice: voltamos ao mesmo!<br />jadAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-35567166.post-65846690108733092722009-05-21T13:05:28.163+01:002009-05-21T13:05:28.163+01:00Jad:
O que me preocupa sobretudo é essa «outra his...Jad:<br />O que me preocupa sobretudo é essa «outra história», como dizes.<br />O problema do nosso tempo não é, se calhar, a justificação teórica da democracia, desse jogo de soma nula em que a vitória de um é a vitória de todos: é o que fazer ao menino que «não brinca», que não deixa brincar e se acha com direito a ser violento porque, por ser ele, é a excepção.<br />E é a violência que Atenas exerce sobre os seus Sócrates - os verdadeiros, claro.<br />Mas, tens razão, é outra história.taccihttps://www.blogger.com/profile/09531958413549434523noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-35567166.post-85194316402676993022009-05-18T17:37:00.000+01:002009-05-18T17:37:00.000+01:00O consenso corresponde aproximadamente a um jogo d...O consenso corresponde aproximadamente a um jogo de soma nula: ninguém ganha, ninguém perde. A democracia pode tornar-se nesse jogo, aparentemente elevado, respeitador das diferenças, promotor de igualdades etc.etc. através dos consensos e acordos de bastidores ou passos perdidos. Contudo, como em qualquer jogo, o consenso deve existir em relação às regras, não em relação ao resultado. Claro que, se for possível, pegamos na bola porque é nossa, acabamos com o jogo que não nos está a correr de feição e iniciamos outro mudando as regras e até os jogadores. Mas isso é outra história...Como falantes, ao jogarmos uns com os outros, aceitamos regras linguísticas comuns que nos permitem entendermo-nos, mas a conversa, a discussão, o debate, o diálogo, ou outros processos comunicacionais, não estão prisioneiros nem do acordo, nem do consenso. Como Habermas refere, depende apenas do "desejo de intercompreensão". É que nem tudo é discutível em busca de consensos ou acordos. Daqui não resulta, obviamente, a apologia da força ou da violência. Isso é próprio das bestas. O homem defende-se com a razão. Aristóteles dixit. Falando. Mostrando. Convencendo.<br />jadAnonymousnoreply@blogger.com