Nero, que era uma pessoa importante lá em Roma, tocava lira - e, claro, a culpa era dos cristãos, dos ciclistas e dos escravos que não queriam trabalhar.
A minha desculpa, que dela bem preciso, é que o raio do doce está a ficar um espetáculo.
Também eu costumava comer uma ou duas quando ia passear o meu canito. E sabiam-me pela vida! (Não devia dizer isto, mas lá vai: se calhar sabiam tão bem porque eram roubadas ali duma árvore à beira do caminho.) Infelizmente, o tempo das ameixas é breve. Abraço, Zé.
Lelé, desculpa esta demora toda. A receita do doce de ameixa é igualzinha às outras que encontrei pela net, se não ligarmos muito às pequenas variantes. Se há segredo é que eu usei açúcar escuro, sabes qual é? E fiz uma coisa muito chata: tirei a pele às ameixas todas; muitas vezes, deixa um sabor menos agradável quando a deixamos ficar. A maioria, para aí quatro quintos eram ameixas vermelhas, mas acrescentei uma quantas das amarelinhas que estavam a derreter-se de maduras. Depois juntei açúcar na proporção de dois terços do peso da ameixa e deixei uns dois ou três dias dentro do frigorífico - sobretudo porque me esqueci, confesso. Quando fui por ele, estava uma massa bem compacta - tive de juntar meio púcaro de água (1,5 dcl, talvez) - e fiquei ali a vê-la apurar em lume brandinho, com um livro já não sei de quem ao lado para aproveitar o tempo que isto de vagares de aposentado é mais treta do que outra coisa. Perto do fim, quando já estava quase pronto, juntei um cálice de aguardente bagaceira - a que tinha era de vinho verde - e dois paus de canela. Fiz o que recomendam os sites todos da Net: apaguei o lume quando chegou ao ponto de estrada (que é quando pomos um bocado num pratinho, passamos um dedo e fica uma espécie de caminho... não esquecer de lamber o doce que ficou no dedo e rapar o pratinho.) Acredita que, no fim, um quilo e setecentos de massa deu para encher quatro boiõezitos de 125 e o último ainda ficou mal cheio - comemos logo que foi um regalo. Usei os truques do costume, para não criarem bolor, enchi os frascos até acima em muito quente e voltei-os de tampa para baixo até ficarem frios. Mas suponho que já conheces estes truques todos melhor do que eu. E pronto. É tudo. Agora estou à espera do doce de pêra. Um grande abraço e boas férias.
Luciano e Ana: A receita ficou aí, na resposta à Lelé. Ela não é egoísta e não se importa que a copiem. Suponho que já não vos sirva para grande coisa este ano, mas porque não aplicá-la ao doce de pêssego, de melão ou de abóbora? Abraços.
PS, Ana: Devo ter-me esquecido dessa coisa do acordo ortográfico, mas como numca fui muito bom em ortografia e o meu prontuário já tem umas dezenas de anos, não penso que tenhas muitos problemas. Outro abraço.
10 comentários:
Ainda agora marcharam duas, mas em bruto, e que boas que estavam!
Saudações.
Tacci
Podes partilhar a receita com esta dona de casa ainda ignorante de muitas coisas da doçaria caseira?
Também queeeeero. :)))
também quero a receita, mas sem acordo ortográfico, se faz favor ;)
Também eu costumava comer uma ou duas quando ia passear o meu canito. E sabiam-me pela vida!
(Não devia dizer isto, mas lá vai: se calhar sabiam tão bem porque eram roubadas ali duma árvore à beira do caminho.)
Infelizmente, o tempo das ameixas é breve.
Abraço, Zé.
Lelé, desculpa esta demora toda.
A receita do doce de ameixa é igualzinha às outras que encontrei pela net, se não ligarmos muito às pequenas variantes.
Se há segredo é que eu usei açúcar escuro, sabes qual é?
E fiz uma coisa muito chata: tirei a pele às ameixas todas; muitas vezes, deixa um sabor menos agradável quando a deixamos ficar.
A maioria, para aí quatro quintos eram ameixas vermelhas, mas acrescentei uma quantas das amarelinhas que estavam a derreter-se de maduras.
Depois juntei açúcar na proporção de dois terços do peso da ameixa e deixei uns dois ou três dias dentro do frigorífico - sobretudo porque me esqueci, confesso. Quando fui por ele, estava uma massa bem compacta - tive de juntar meio púcaro de água (1,5 dcl, talvez) - e fiquei ali a vê-la apurar em lume brandinho, com um livro já não sei de quem ao lado para aproveitar o tempo que isto de vagares de aposentado é mais treta do que outra coisa.
Perto do fim, quando já estava quase pronto, juntei um cálice de aguardente bagaceira - a que tinha era de vinho verde - e dois paus de canela.
Fiz o que recomendam os sites todos da Net: apaguei o lume quando chegou ao ponto de estrada (que é quando pomos um bocado num pratinho, passamos um dedo e fica uma espécie de caminho... não esquecer de lamber o doce que ficou no dedo e rapar o pratinho.)
Acredita que, no fim, um quilo e setecentos de massa deu para encher quatro boiõezitos de 125 e o último ainda ficou mal cheio - comemos logo que foi um regalo.
Usei os truques do costume, para não criarem bolor, enchi os frascos até acima em muito quente e voltei-os de tampa para baixo até ficarem frios.
Mas suponho que já conheces estes truques todos melhor do que eu.
E pronto. É tudo.
Agora estou à espera do doce de pêra.
Um grande abraço e boas férias.
Luciano e Ana:
A receita ficou aí, na resposta à Lelé. Ela não é egoísta e não se importa que a copiem.
Suponho que já não vos sirva para grande coisa este ano, mas porque não aplicá-la ao doce de pêssego, de melão ou de abóbora?
Abraços.
PS, Ana:
Devo ter-me esquecido dessa coisa do acordo ortográfico, mas como numca fui muito bom em ortografia e o meu prontuário já tem umas dezenas de anos, não penso que tenhas muitos problemas.
Outro abraço.
escreveste espetáculo...;)
Pronto: dou a mão à palmatória. Posso emendar três vezes?
ESPECTÁCULO
ESPECTÁCULO
ESPECTÁCULO.
Já estou perdoado?
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