sexta-feira, dezembro 31, 2010

Feliz Ano Novo, Caramba!

- Então? Ninguém o quer?

domingo, dezembro 26, 2010



Festas Felizes,
Festas Felizes!

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Subsídios para o Livro de Aka (final)

Aka abrira o tampo do clavicórdio,
brincara com as teclas num arremedo da Dansa Russa e,
com um alicate, entreteve-se por momentos a cortar-lhe as cordas.
Depois tinha-se ajoelhado no tapete,
junto à mesa que fazia de palco à Petite danseuse de catorze ans.
O olhar,
como se fosse ainda menina,
razava a nogueira polida do tampo,
e o dedo estendido contra a base da estatueta
empurrava devagarinho,
como se a pudesse fazer dançar.
A Petite danseuse erguia os olhos para lá,
para onde havia um lustre.
«Não estás num verdadeiro palco com uma ribalta», disse Aka.
«Nem aquilo ali em cima é a verdadeira luz.
É só um vidro, cristal de Veneza dizem,
pingentes que cintilam, falsos brilhantes, cintilações...
Banalidades. Palavras. Deus, se tivesse bom gosto nunca as usaria.
Mas Ele só fala a linguagem dos dins cantores, a linguagem da glória.»
Uma volta mais leve deixou a Petite Danseuse à beira do seu tablado.
«Antes de cairmos, dei-te um dos meus nomes,
o que eu mais gosto por me lembrar o Petruska do bailado.
Perdoa-me, Petra, amanhã faço quinze anos.
Leva o meu nome e a minha alma contigo para que ninguém mais nos use.»
Do tapete, deitada de lado, com as pernas partidas,
a Petite Danseuse olhava-a enfim, de olhos nos olhos.

quinta-feira, dezembro 16, 2010

Million dollar baby

Million dollar baby

Depois de se dar a vida a provar,
nada a fazer.

O inesperado caminho da morte de que todos falam,
esse descampado percurso ao geográfico sol
que nos impede de ver os felizes contornos da vida,
chega sempre cedo demais.

Obstinados sem-abrigo,
treinamos a sobrevivência, agarrando com os violentos punhos do amor,
o vago fio que nos atrasa o fim.
Protegemo-nos da prolongada e da diurna luz
no aconchego clandestino do ginásio, que nos prepara o corpo da solidão.

Não há morte feliz ao ponto de como só a vida o poderia ser.

Depois de provado o amor,
nada a fazer.

Manuel Sanches

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Insurreição

Ou, por outras palavras:
-
Que viva la Venezuela,
Ai!
Que vivan los militares!
Que vivan los estudiantes - iô-hô
y las massas populares!
-
Ou por outras ainda:
-

segunda-feira, dezembro 06, 2010

Mais um Anjo da Guarda, pois então!

E, como sempre, por uma intenção particular, claro.

quarta-feira, dezembro 01, 2010