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quarta-feira, janeiro 09, 2013
O Gato e o Rato (fábula encravada)
O Blogger, simpático como é, volta e meia, pimba! Prega-me uma partida. De repente, sem avisos nem água vai, muda as regras do jogo.
Deve achar que é pecado ser assim como eu sou, conservador, apegado a costumes antiquados, apreciador de velhas fábulas e põe-me de castigo.
Não que o Blogger não tenha alguma razão. Eu mereço!
Mesmo sem ser contrário às mudanças (tenho várias no meu carro e até as uso a todas), há coisas que me irritam: por exemplo, porque diabo achou alguém que as velhas e boas Finanças, uma praga a que já estávamos acostumados, haviam de mudar de nome? Chega um cidadão ali à vila e pergunta, «o senhor, fachavor, dizia-me onde é que é as finanças?» e o prestável transeunte aponta, «é logo ali, vocemecê corta ali à direita e é a primeira porta...»
E o cidadão, com ar triste diz que «pois, também ele pensava, as Finanças sempre tinha sido ali, mas agora estava lá uma coisa, a Autoridade Fiscal e Aduaneira... E agora, onde é que ele ia pagar o imposto de não sei quê, aquela coisa que dantes era o selo do carro, mas agora é só um papel...»
E a conversa podia não ficar por aqui.
Se o cidadão tivesse tempo e paciência bem podia ouvir dizer que um tal Vítor Gaspar até já tinha dado fazer cartões de visita novos:
Vítor Gaspar
Ministro da Autoridade
(Fiscal, Aduaneira e Correlativos)
Mas, enfim, parece ser um arraigado costume indígena que muito estranharia a um ser civilizado por aqui de visita (felizmente não veio nenhum com a Engenheira Merkl e os que cá havia já emigraram); o Marcelo Caetano, que em tempos ocupou o lugar do Sr. Passos Coelho, para dar um primeiro exemplo, mudou o nome ao Partido Único, a União Nacional e já ninguem se lembra como lhe chamou. E à Pide de má memória, chamou Direção Geral de Segurança, como se rebaptizar as coisas lhes apagassem os curriculo. Não sei mesmo porque é que o Obama não aproveita o exemplo deste velho aliado da Nato e não chama Acapulco à famigerada prisão de Guantanamo: dava para propagandear que uns quantos prisioneiros afinal estavam era de férias.
E não ficamos por aqui. Não bastava que o Terreiro do Paço em Lisboa tivesse passado a ser a Praça do Comércio e o Rossio Praça de D. Pedro IV: foi preciso que o Largo do Caldas passasse também a chamar-se Largo Adelino Amaro da Costa.
Já viram?
Já viram?
Era um endereço pequenino, duas palavrinhas, treze letras contando com o «do»; agora é preciso escrever vinte e quatro. Deve ser uma simplificação, mesmo se eu não vejo como.
E lembram-se? No tempo do tal Marcelo, e antes dele, do Salazar, os jovens podiam frequentar uma escola comercial, uma industrial ou então ir para o liceu. Quando ser quis uniformizar os cursos, o que, quanto a mim era uma necessidade premente, algum génio achou que a palavra liceu evocava não sei que elitismos e resolveu chamar a esse ensino unificado e aos estabelecimentos onde era ministrado «secundário». Podia ter-lhe chamado Liceu, que era bonito, tinha um sabor clássico e escrevia-se com cinco letrinhas. Agora «escola secundária» escreve-se com dezasseis, mais um espaço e um acento.
Simplicidade, a quanto obrigas!
E, já que o Obama não aprendeu nada connosco, o Blogger podia ter-lhe seguido o altivo exemplo.
Mas não: também o Blogger deve ter querido simplificar qualquer coisa e agora para aqui estou eu às aranhas: é que o Portugal, caramba! foi, desde o início, um blog ilustrado.
Bem sei que não era lá grande coisa, mas eu divertia-me a escrever umas coisinhas e depois pintava uns bonequinhos, e pumba! Clicava ali em cima onde diz «inserir imagem» e procurava num dos meus arquivos o boneco que queria inserir. Depois era só «publicar».
Agora, se lá for clicar, manda-me seleccionar um ficheiro e dá-me como opções coisas como a minha webcam, este próprio blog ou «a partir dos Albuns Web Picasa» que não sei o que seja, mas onde me aparecem três o quatro dos meus próprios desenhos já antigos e só esses.
Como faço agora?
Publico outra vez o que já está no blog? Não me apetecia muito. Queria fazer coisas novas, brincar com elas no photoshop e pô-las depois por aqui.
Porque diabo havia o Blogger de mudar as regras do jogo?
E agora? O que é que eu faço, não me dizem?
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E pronto: quando não os podes combater, junta-te a eles e escolhe uma coisa qualquer. Este desenhinho, por exemplo, chamava-se «Alice encontrou os ratos que roeram a rolha da garrafa do Rei da Rússia» e eu não desgosto dele. Sempre são uns ratitos. Os gatos que se lixem.
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