Só tive uma pequeníssima janela de tempo na vida em que não o fiz com vontade, conheço portanto o drama de o fazermos contrariados, talvez por isso me tenha empenhado em nunca permitir que voltasse a acontecer e hoje, digo que sempre saí de casa com empenho para atacar o dia, embora saiba que são muitas vezes factores exógenos e nem sempre depende de nós. Mas concordo, no Ensino não deve haver muitos motivos para sair de casa de sorriso escancarado.
Olhe Tacci, culpa do boneco que tem aquele ar de quem ía melhor receber o cheque da reforma do que provavelmente dar umas aulitas! Vi nele um prof cheio de patin. Nada feito!
Bom, Graza, a ideia era mesmo essa. Só não o identifiquei claramente como professor porque me parece que o emprego, nas condições em que vem a ser oferecido, é cada vez mais uma tortura. Eficiência, eficiência, eficiência! Os chefes vão-se tornando, cada vez mais em capatzes, como aqueles tocadores de tambor nas galeras romanas, a marcar a cadência dos remadores. E alguém que se tenha formado em história, em filosofia ou em em direito, ou num desses milhentos cursos com que as universidades vão entretendo os nossos filhos, vai feliz para a sua galera? Um jovem que gosta de passear por um museu, de ler um livro, ou simplesmente apanhar um bocadinho de sol na praia ainda conseguirá ir feliz para o seu emprego em frente a um computador numa empresa de vendas pelo telefone? Receio que não.
7 comentários:
Só tive uma pequeníssima janela de tempo na vida em que não o fiz com vontade, conheço portanto o drama de o fazermos contrariados, talvez por isso me tenha empenhado em nunca permitir que voltasse a acontecer e hoje, digo que sempre saí de casa com empenho para atacar o dia, embora saiba que são muitas vezes factores exógenos e nem sempre depende de nós. Mas concordo, no Ensino não deve haver muitos motivos para sair de casa de sorriso escancarado.
Uma expressão bem conseguida...
O ensino?
Graza, não é engraçado (e altamente significativo, claro) que tenha sido essa a primeira ideia que lhe ocorreu?
Um abraço.
Olhe Tacci, culpa do boneco que tem aquele ar de quem ía melhor receber o cheque da reforma do que provavelmente dar umas aulitas! Vi nele um prof cheio de patin. Nada feito!
Digo: patim
A mala é catita.
Dá perfeitamente para levar lá dentro uma Parabellum.
Ajuda.
Bom, Graza, a ideia era mesmo essa.
Só não o identifiquei claramente como professor porque me parece que o emprego, nas condições em que vem a ser oferecido, é cada vez mais uma tortura.
Eficiência, eficiência, eficiência!
Os chefes vão-se tornando, cada vez mais em capatzes, como aqueles tocadores de tambor nas galeras romanas, a marcar a cadência dos remadores.
E alguém que se tenha formado em história, em filosofia ou em em direito, ou num desses milhentos cursos com que as universidades vão entretendo os nossos filhos, vai feliz para a sua galera? Um jovem que gosta de passear por um museu, de ler um livro, ou simplesmente apanhar um bocadinho de sol na praia ainda conseguirá ir feliz para o seu emprego em frente a um computador numa empresa de vendas pelo telefone?
Receio que não.
Pois é, Alexandrino.
Nunca te deu pena de teres razão?
(às vezes, a mim dá)
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