Não sei a que mitologia pertencem os Trolhos. Nos livros do Tolkien, trolls são umas criaturas muito grandes, muito pouco inteligentes, que adoram andar à trolha. Assim uma espécie de forcados, como os do grupo saudoso de Salvação Barreto, que, reza a fama, andavam por cabarés e casas de fado a provocar os indígenas. Sempre de noite. O Cais do Sodré talvez ainda recorde as suas façanhas de copo e estaladão, acompanhados à viola e à guitarra como convém. As calçadas recordam-lhes os passos arrastados no fim da noite, a caminho dos últimos sopapos no Cacau da Ribeira. Recolhem aos primeiros alvores, dormem enquanto a noite não volta.
Também os trolhos, os do Tolkien pelo menos, só vivem na obscuridade e, triste maldição, se forem apanhados pela luz solar, transformam-se em calhaus para todo o sempre.
Os nossos, pelo menos os da minha mitologia privada - e, adiante-se, muito pouco caridosa - já são calhaus, por isso nenhuma luz, e muito menos a da Razão, lhes faz mossa.
Que fazer quando os vemos, com um riso gravado nos seus basálticos rostos, a perorar sobre a sua própria magnificência?
Que fazer quando os vemos, com um riso gravado nos seus basálticos rostos, a perorar sobre a sua própria magnificência?
Não muito. Desligar-lhes a televisão na cara, ao menos, já é um começo. Aceitam-se propostas para a continuação.
5 comentários:
Gostei bastante. Continuação: andar à trolha com eles não me parece bem.
ana
Os trolhos são Grandes mas não são Grande coisa :)
Vou pensar em alternativas pacifistas como a sua :)
Beijinhos Tacci aos trolhos, digo aos molhos :)
Ainda bem que gostaste, Anita.
Abracinhos.
Pois é, Gi. Devia inventar-se uma coisa como as coleiras anti-pulgas dos nossos canitos (a propósito, como vão os seus?), mas estas anti-trolhos.
Beijinhos, Gi.
Sorry, my dear Cresenet. this is not an english speaking blog.
A hug too.
Tacci
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