As horas correram num ápice: Aka saltitou de boutique em boutique.
Ignorou as joalharias.
Quando sentiu fome sentou-se num banco alto do bar e comeu um gelado enjoativo, mas com umas óptimas bolachinhas espetadas.
Saiu sem pensar na conta.
Antiquários e porcelanas interessaram-na.
Parou a ver um relógio de mesa, com uma pastorinha em esmalte, de longo vestido e um pequenino fauno com uns pequeninos chifres e minúsculos pés de cabra e que giravam vagarosos num bailado solene, de mãos dadas, dentro de uma redoma.
Depois, demorou-se a contemplar as T-shirts Monica Hikikomori.
A assistente aproximou-se cautelosa, para tocar muito ao de leve o tecido do niqab, observar as escravas que Aka se esquecera de tirar dos braços: na profissão aprende-se muito cedo a não confundir os guardanapos com os esfregões.
- São modelos únicos, pintados à mão e assinados - esclareceu ela.
- Talvez me deixem usá-las - murmurou Aka. E em voz alta, porque lhe tinham dito que não devia ser açambarcadora: - Há problema se eu levar estas todas?
2 comentários:
FELIZ ANO NOVO!!!!=)
Esperando q concretize todos os sonhos e q se publique um livro com as suas maravilhosas estórias!!=)
Beijinhos Cláudia
Feliz Ano Novo para si também, Cláudia.
E pode ser que haja um tolo de um editor que caia dessa escada abaixo, quem sabe?
Um beijinho.
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