Depois, começando num dos ângulos do quadrado, enrola-se apertando bem na direcção do canto oposto, e, quando tivermos um rolinho fino e comprido, dobra-se ao meio. A seguir, toma-se um elástico novinho em folha, prende-se a dois dedos bem afastados e colocando o rolo do papel de modo a que cada uma das pontas fique de seu lado do elástico, prende-se entre o indicador e o polegar da mão sobrante.
Depois é só esticar, apontar e zás! Larga-se.
Lá vai o papelinho direito ao alvo.
Têm alguma ideia do que querem escrever nos papelinhos?
Pois. Bem me parecia.
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Este post foi-nos sugerido pelo comentário, algures aí para trás, de uma gentil Anónima a quem ficaremos eternamente gratos.
13 comentários:
Fisga já não tenho, mas sapatos velhos tenho lá alguns pares. Não me parece que isto lá vá com papelinhos.
Saudações do Marreta.
Devo ter idade para ser vosso avô. estas fisga e as digitais podem ir todos pró (corta, corta,corta), a verdadeira fisga era aquela de pau de sabugeiro num lindo V entortado e que servia para deitar abaixo os ouriços (os das castanhas).
Se não perecebem nada do que estou a dizer perguntem aos vosso papás e adeus que tenho que ir tomar o Lexotan.
Aparte.
Belo "boneco".
Eu bem dizia que estava indecisa, mas tu ajudaste-me muito. Optei pelo teu modelo de fisga e vou mandar papelinhos com recados de amor. Afinal ainda é o que todos ouvimos melhor, o pior é que erramos muitas vezes a pontaria e lá vai o recadinho parar ao sítio errado. Mas é tudo uma questão de treino. "Persiste, insiste, pode ser que acertes" digo eu a mim mesma. Lexotan e sapatos velhos nunca.
Caro Tacci, desculpe o preciosismo mas tive que alterar o modelo da fisga! É que só com aquele sistema eu me entendia, mas as minhas eram utilisadas de uma forma mais prosaica, era nas orelhas do parceiro do início da fila de carteiras. Safou-se o Durão Barroso porque quando ele chegou já eu andava no sétimo ano de praia. Que pena tenho!
Anexo o desenho rectificado, com a devida consciência do atentado cometido.
Oops: "utilizadas"
Eu também percebo de fisgas. Fiz muitas, aproveitava as câmaras de ar das bicicletas (pouca) que havia na minha aldeia e lá ía(mos) aos ouriços ou aos tordos, dependia da época. Atirei muitas vezes, acertei algumas. Os elásticos só os descobri na cidade. Usáva-os com o préstimo que todos lhes reconhecem.
Se a minha arte se aproximasse da tua, Tacci, também eu fazia fisgas. Assim... admiro as tuas com nostalgia e (que feio!) inveja.
Abraço.
Caro Marreta:
Como já disse ali em baixo, a sua sugestão não caiu em saco roto e daqui a nada já a pode ver aí em cima.
Um abraço.
Fado Alexandrino:
Também tive uma dessas fisgas. Infelizmente, parti não sei o quê com ela e foi-me confiscada: até hoje não faço ideia do sítio onde a minha avó a escondeu.
Bom Lexotan; eu, cá para mim, prefiro um whisky cheio de gelo.
Boa ideia, Anónima:
Deve-se fisgar os nossos amores, e se se acertar no do lado, enfim, até pode ser que não seja nada de deitar fora, pois pode?
Graza, o seu modelo de fisga também era muito usaado, sobretudo se o elástico era pequeno.
Quando o elástico era maiorzinho, podia-se dobrar e disparava com muito mais força - o que não era muito simpático para quem apanhava com o clip.
Se me autoriza, vou acrescentar a sua versão do desenho.
Um abraço.
Jad, daqui a nada estamos todos a dar murros na mesa e a gritar: «ah, naquele tempo é que eram fisgas!»
«Sim, sim, porque os jovens de agora...»
Não era uma boa ideia promover ateliers de tempos livres ou assim subordinados ao tema "a fisga; sua importância económica e lúdica"? Ou: "A fisga na teoria e no trabalho de campo"?
E, já agora, deixa que te diga:
nem toda a inveja é do tipo «se eu sou coxo, toda a gente tem de coxear, ou julgam que são mais do que eu?». Há uma inveja saudável, a que nos leva a querer imitar o que admiramos e, muitas vezes, a fazer melhor.
Essa inveja é que devia fazer parte dos programas todos, do primeiro ano à faculdade.
Um abraço.
Tacci, o desenho é seu, o descaramento de mexer nele é que foi meu.
Mas com tanta conversa à volta de uma fisga de elástico, isto não pode vir a ser considerado uma perigosa arma se houver por aqui uma escuta?
Grazza, enquanto o Exelon - ou lá como é que se chama - julgar que só interessam as armas de destruição maciça porque essas é que são negócio, nós com as fisgas lá iremos escapando.
Abraço.
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