-- O que é que faz esta gente toda? - perguntou Aka.
- Gente? Que gente?
Aka designou com um gesto a pequena multidão que saía do Metropolitano.
Aka designou com um gesto a pequena multidão que saía do Metropolitano.
- Não sei. Aquele, por exemplo, podia ser um ajudente de cozinha no nosso hotel. E a mulher que vem com ele, talvez trabalhe na lavandaria.
- Estão aqui só para cuidar de nós? Não fazem nada?
- Estão aqui só para cuidar de nós? Não fazem nada?
- Tens uma ideia muito estranha do que é fazer ou não fazer.
- Não, eu percebo que eles trabalham e ganham o seu dinheiro e metem-no nos bancos e os bancos têm gente que trabalha para o guardar e os hospitais quando adoecem e o Pére Lachaise quando morrem. Mas a cidade, assim toda junta, serve para quê?
- Olha, para podermos vir cá ver os quadros que vamos ver.
- Mas, é só isso?
- Aka, se queres fazer uma análise de funções, muito bem. Mas não fales alto: as pessoas vão pensar que tens o síndrome de Asperger.
- Mas não tenho. Sabes perfeitamente que as Aspergers nunca se riem. E eu rio-me.
- Sim. Quando calculas a raiz cúbica de 12. 290 mais depressa que o teu computador.
- Devias ter dito 12. 167. Era uma raiz perfeita. Mas isso é só quando eu me chamo Wolfgang, o que é muito raro quando se é só uma rapariga.
-
7 comentários:
uauuuuuuuuuuuu
Obrigada, mas é tudo tão estranho!!!
"Adivinha-me"
Yeaaaaaaaaaah!
Não tens de quê, Guess Who.
Mas o mundo é estranho, não é? É o seu maior encanto.
É tacci, tens razão, o mundo é estranho e gostamos dele assim, cheio de voltas e mistérios, e nós sempre a fazer de distraídos, mas a querer ir ao bairro alto.
guess Who
Pois é, Guess Who.
Temos de compor um hino, tipo
"lá vamos pró Bairro Alto, copos e copos bebendo..."
Oh tacci, tacci, começámos pacata e idilicamente numa casa na praia e já vamos no Bairro Alto, a cantar um hino de memórias, bem dispostos e não muito preocupados em levar isto (isto são as muitas vidas de cada um de nós) muito a sério.
Bons copos, assim que puder lá estarei.
Guess Who
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