segunda-feira, janeiro 29, 2007

Sevilha, 1911

Foi na feira de Sevilha de 1911 que eu e o meu compadre João Perestrelo [... ] apresentámo-nos a todos como sendo toureiros. Ao declinar o nosso nome é que foram elas, num cais a desoras.
[...] Dizia um: «A que si», respondia o outro: «A que nó», e mano João larga-lhe um estalo à portuguesa e depois... nunca vi tanto geito de sermos cosidos à facada. Dalí fomos ao «Puesto Fernando» onde se faziam encierros e fizemos lá tantos estragos e só de louça partida foram oitenta duros...
Arnaldo Futscher Reys e Souza, Ergue a campa Vimioso

2 comentários:

Gi disse...

Não gosto de touradas, embora goste de marrar e ter passado a vida nos "cornos do touro" :).
Em criança, com uma das minhas avós que era uma aficcionada, assisti a muitas mas nunca apreciei o espectáculo, sempre me fez pena o boi que achava um valente. Mas gosto dos seus desenhos...
Um beijinho Tacci

tacci disse...

Também não sou aficcionado, mas gosto muito das largadas de toiros que, na minha região, se chamavam "Pamplonas": não havia, nem matadores nem bandarilhas, o toiro corria que se fartava atrás dos mais ousados, corria ao longo das vedações e levava toda a gente de cambulhada, até que, cheio de sede, descobria o chafariz. Era o momento alto da largada. Nunca faltavam os parolos que mergulhavam dentro de água a querer fugir. Faziam-se umas pegas muito mal amanhadas, raramente alguém se aleijava. Ainda as há, um pouco por todo o lado, mas eu já não tenho vinte anos para saltar lá para dentro.
Mesmo se não gosto da cultura ligada aos toiros, ficou-me uma pontinha de nostalgia.
Beijinho, Gi.