E avança uma Velha sem Restelo:
- Qual é o Mar Português?
(o das lágrimas de sal...)
Esse mar nunca existiu
Ignora a cor das nações
Tratados que nunca viu
O mapa das intenções
Do homem que as coloriu
O mar não é português
Quando quer afunda os sonhos
Quebra a vaga de ilusões
Derruba barcos tristonhos
Sem olhar a distinções
No homem que as perseguiu...
Existe no mar um azul sem alma
E na mudança das suas feições
Nem páginas de resgatar a calma
Nem vogais de atestar circunscrições...
E fundo - no seu mistério
Sempre calando assistiu
À rota das ambições
Sem as lágrimas de sal
Nascendo das convicções
Do Homem só que Partiu...
- Qual é o Mar Português?
(o das lágrimas de sal...)
Esse mar nunca existiu
Ignora a cor das nações
Tratados que nunca viu
O mapa das intenções
Do homem que as coloriu
O mar não é português
Quando quer afunda os sonhos
Quebra a vaga de ilusões
Derruba barcos tristonhos
Sem olhar a distinções
No homem que as perseguiu...
Existe no mar um azul sem alma
E na mudança das suas feições
Nem páginas de resgatar a calma
Nem vogais de atestar circunscrições...
E fundo - no seu mistério
Sempre calando assistiu
À rota das ambições
Sem as lágrimas de sal
Nascendo das convicções
Do Homem só que Partiu...
Ana Maria Puga
degraus de silêncio
Papiro Editora, 2009
2 comentários:
Tacci:
Não tens mais nada da autora? Interessou-me.
Abraço,
Badesse
Claro que sim.
Além deste livro, a Ana Maria Puga publicou em 2008 "Reticências...", também na Papiro Editores.
Se clicares com a setinha do rato no nome da autora, cá em baixo, no fim do post, podes ler mais dois poemas dela.
Outro abraço.
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