Para as mais variadas coisas, claro. A principal é fazer rabiscos, distraídamente, enquanto se saboreia a aguardentezinha, o charuto e um pedaço de boa prosa.
Não sei se no tempo em que o Stuart andava pelas tabernas a desenhar varinas com um pau de fósforo queimado, já os taberneiros as estendiam sobre o mármore das mesas. O que sei é que, se as houvesse e em vez do ordinário papel reciclado, se usassem folhas de 300 gramas, grão fino e 100% algodão, nem vos conto o salto que as artes teriam dado em Portugal. E que centros artísticos se teriam formado na Espelunca, ao lado do Liceu Camões ou mesmo na Suprema e no Vává, alí à Estados Unidos. Ou mesmo um pouco por todo o lado.
Em calhando, digo eu.
11 comentários:
Ontem estive num jantar bastante animado e achei engraçado que as toalhas não eram de papel, mas sim de pano. Havia, ainda, uma por debaixo que era de plástico, deve ser para protecção...mas qual não foi o nosso espanto que estavam TODAS completamente! escritas, rabiscadas e afins...
Poderia então dizer que, de facto, servem para algo...infelizmente a comida (chinesa! bah!) era péssima, nãou houve aguardente, muito menos o charuto! (Será que poderemos incluir um karaoke à 'chinesa'? LOL)
AInda assim, valeu a companhia...e a diversão com um bom grupo...
Por fim, confirmo que as toalhas [de plástico] servem para algo...
Quanto a artistas...se realmente for o papel rasco a solução ao incentivo da arte em Portugal...acabe-se com o plástico e venha o rasco! LOLOLOL
Continue Tacci! É sempre óptimo passar por aqui! :)
Um beijinhoooo
por aqui há alguns guardanapos rabiscados... e pedaços de toalhas de papel rabiscadas numa tasca, já alguns anos atrás, para os lados de Santa Apolónia. Como me lembro bem da cosinheira que era, claro, a proprietária da tasca.
cozinheira...claro
pensabdo bem, também devia ser boa cosinheira
Tacci, tenho pena de não ter guardado todos os rabiscos que fui deixando pelos sítios onde passei desde garota, quando a vontade de desenhar era muito mais forte do que é agora e a inspiração também. Agora tenho pouca sorte, a esferográfica que sempre me acompanha passa para as mãos do meu neto que , à falta de toalhas de papel utiliza os guardanapos ou qualquer outro papel que esteja a jeito para fazer bonecos. Não sou dada a colantes nem a bonequinhos espalhados no frigorífico mas exibo orgulhosamente um bocado de uma toalha de papel preso com um iman com o primeiro desenho que o meu neto fez.
(este português está um bocado de viés ... posso desculpar-me com a febre? :) )
beijinhos - só ontem vi o seu comentário de dia 18 ... há 3 dias que ando ummpouco afastada.
mais beijinhos
Adorei o seu Jazz man :)
agradeço a visita.
pois é...
ainda tenho alguns dos idos 70 e 80 feitos em guardanapos...
posso garantir-lhe que algumas das melhores obras que vi eram feitas em suportes muito pobres(riquerrimos)
saude e sol
Cláudia, é capaz de me explicar porque é que o vosso grupo andou a espreitar por baixo das toalhas de pano?
Foi para se esconderem do tal karaoke?
Beijinhos também.
Anita, também tenho alguns desenhos desses, muitos feitos nos cafés que a gente da minha geração frequentava, em papelinhos de acaso, guardanapos e por aí fora.
Alguns deles de gente que se tornou conhecida. Mas da cosinheira que cozinhava no restaurante de Santa Apolónia confesso ter-me esquecido. Seria feia?
Um abraço.
Gi, que sorte a sua. O seu neto deve ser um doce.
Um dos meus numa das vezes que esteve aqui em casa, quis escrever com a minha rotring favorita e imagine o que lhe aconteceu.
(À rotring, claro, que ao neto não aconteceu nada; mas quando muito zangado me veio dizer «Ó Avô, esta caneta não presta» e eu consegui resistir à vontade de o pendurar pelas orelhas na corda da roupa, nessa altura, cheio de admiração pelo meu auto-domínio, disse: «Man, és um herói!»
O neto, claro, pensou que era com ele e deitou logo a mão a outra caneta, todo sorridente, ainda por cima.
Estive quase a escrever para a maternidade Alfredo da Costa a perguntar se não aceitavam devoluções.)
E a Gi, quando é que nos deixa ver um desenhinho seu, para já não falar dos quadros, claro?
Um beijinho.
Art&tal
O que mais aprecio nos desenhos rabiscados à mesa do restaurante, nas toalhas de papel ou nos guardanapos, é a espontaneidade. Havia, muitas vezes, uma generosidade descomprometida, o rabisco era para ficar ali, ou para os amigos se se dessem ao trabalho de o levar.
Agora que toda a gente anda com um Moleskine no bolso, se calhar é diferente.
Saúde para si também.
Eu passo a explicar querido Tacci...porque achámos estranho as várias tonalidades q se tornavam evidentes por debaixo do pano imaculadamente (cof cof)branco...resolvemos averiguar...e lá estava o resumo histórico da quele lugar (pessimo!LOL)!;) Foi bonitooo...a Marisqueira Chinesa é que é!!! LOLOLOLOOLOL
Beijinhooooo Tacci!:D E já vi q o Tertulia recebeu um prémio!! Atempadamente irei dissertar sobre tal gesto seu!;)
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